A frota da Universidade Federal do Rio Grande - FURG possui diversas embarcações de grande, médio, e pequeno porte. Destaca-se nosso Navio de Pesquisa Atlântico Sul.
Nosso navio foi construído no Brasil, no estaleiro Embrasa (SC), em 1973, com casco de aço de 35,9 m de comprimento, 7,85 m de boca moldada, 3,28 m de calado, e arqueação bruta de 257. Tem capacidade para 15 pesquisadores, mais 11 tripulantes, e autonomia para 15 dias de mar.
Está atuando no campo da pesquisa oceanográfica e pesqueira (único no Brasil com estas duas características) desde o final dos anos 1970. Já trabalhou em grandes projetos como o Ecopel, Argos, Talude, Ecosar, REVIZEE, Anchoíta, Cetáceos do Talude, Monitoramento de Baleias por Satélite, e outros, navegando desde o Chuí (extremo Sul do Brasil), até o norte da Paraíba, com projetos financiados pelo MCT, MPA, MMA, etc. Inclusive, é usado por projetos de caráter internacional que investigam a fauna marinha na costa e no talude continental.
É também o navio mais importante do Programa "Amazônia Azul - a experiência embarcada" onde alunos de graduação cumprem suas horas de embarque e aprendem muito sobre a oceanologia, em alto mar.
Entre 2006 e 2014, apenas, nosso navio de pesquisa navegou 128.251 milhas náuticas, realizando 2.990 estações de coleta de dados.
Periodicamente, nosso navio passa por processos grandes de manutenção padrão, em estaleiro, e as vistorias da Capitania dos Portos e Diretoria de Portos e Costas (DPC), para estar sempre em ótimas condições de trabalho.
No final de 2014, o navio recebeu um arco de popa ("A-frame") para aumentar ainda mais suas capacidades para atender a pesquisa.
A FURG conta agora, também, com o Navio de Ensino Ciências do Mar I, primeiro de quatro navios que vão servir de Laboratório de Ensino Flutuante, aumentando a experiência embarcada de estudantes e a execução de estudos e pesquisas ligadas às Ciências do Mar, nas quatro regiões do Brasil, projeto coordenado pelo PPGMar, a Reitoria da FURG e a PROPLAD, com auxílio da Coordenação da Frota/ESANTAR.
Construído no estaleiro INACE, em Fortaleza (CE), o “Ciências do Mar I” tem 32 m de comprimento total e 7,85 m de boca, dois motores de 450 BHP de potência, podendo manter uma velocidade de cruzeiro de 10 nós, com grande economia de combustível.
A embarcação dispõe de dois laboratórios e toda uma gama de instrumentos científicos, com receptores instalados em carenagens no fundo do casco, para investigar as camadas submersas do oceano e o leito marinho. É equipada com cinco guinchos e um guindaste, de capacidades diferentes, destinados a lançar e recolher coletores de amostras e efetuar operações de pesca. Possui camarotes com capacidade total para o pernoite de 18 alunos e professores, além de acomodações para oito tripulantes.
A Lancha Larus, da Universidade Federal do Rio Grande, foi construída em 1978 em fibra e madeira. Tem um comprimentos externo de 15,32 m e boca moldada de 5,05 m.
Atua no estuário da Laguna dos Patos e nas regiões lacunares do sistema Patos-Mirim. Tem capacidade de operar redes de pesca de dimensões compatíveis com aquelas utilizadas pela pesca artesanal e adaptadas a zonas costeiras e de interior do estuário, operando entre as profundidades de 2 a 40 m. Tem capacidade para 6 pesquisadores e 4 tripulantes.
Sua atividade vem sendo largamente direcionada para os estudos das características da água e a ictiofauna da nossa região, e também de monitoramento do Porto de Rio Grande, cobrindo as áreas biológica, química, física e geológica.
Nossa lancha navegou 10.284 minhas náuticas entre 2006 e 2010, realizando -nesse período- 1.861 estações de coleta de dados.
No ano de 2013, a nossa lancha passou por um processo de manutenção completo, em estaleiro. Seus equipamentos, também estão sendo modernizados periodicamente.
Também contamos com um bote, o Moralles, repassado pelo ICB e a PROPESP. Este bote está sendo utilizado para coletas no estuário da Lagoa dos Patos.
A FURG ainda possui diversos botes de alumínio equipados com motor de popa de 15 cv. Estes botes são usados permanentemente para estudos nos sacos e outras zonas mais rasas da Lagoa dos Patos, onde os pesquisadores
coletam amostras de água, sedimento, bentos, vegetação, plâncton, crustáceos e peixes diversos.
O trabalho desdes botes é muito requisitado, também. Entre 2006 e 2010, por ex., foram realizadas 1.519 estações de pesquisa, em 9.815 milhas náuticas de percurso.